A cirurgia robótica
é o que existe de mais avançado na área de procedimentos cirúrgicos. Afinal, trata-se de uma cirurgia minimamente invasiva
laparoscópica com pinça com sistema robótico . A técnica surgiu em 2000, com o Sistema Cirúrgico da Vinci e foi rapidamente adotada por hospitais dos Estados Unidos.
O robô desenvolveu-se e evoluiu muito e hoje permite imagens em 3D altamente ampliadas, possibilitando uma percepção melhor de profundidade ao cirurgião. Confira neste artigo tudo o que você precisa saber sobre a cirurgia robótica, principais benefícios e quando pode ser indicada para o aparelho digestivo. Boa leitura!
Conheça a cirurgia robótica
A cirurgia robótica é um procedimento moderno, realizado com o robô da Vinci, em um método minimamente invasivo. Ou seja, ao invés de operar pacientes com grandes incisões, o cirurgião utiliza instrumentos cirúrgicos minúsculos que se encaixam em pequenos cortes
com tamanho médio de 1/4 de polegada.
O sistema mais utilizado inclui um braço de câmera e outros braços mecânicos com instrumentos cirúrgicos acoplados a eles. Com o robô, o médico controla os braços através de um console de computador. Por outro lado, o equipamento oferece uma visualização em 3D de alta definição e ampliada, para que o cirurgião possa acompanhar a cirurgia com segurança.
A equipe é formada por pelo menos dois médicos cirurgiões: um ficará no console e outro em campo cirúrgico, auxiliando no que for preciso e disponível para qualquer emergência. O robô entrega movimentos suaves e precisos
através de suas pinças articuladas, reproduzindo de forma fiel os comandos das mãos do cirurgião.
Quais são os principais benefícios?
A técnica de cirurgia robótica tem inúmeros benefícios, tanto para o médico quanto para o paciente. Além de ser minimamente invasiva, como já citamos anteriormente, o procedimento garante um aumento na precisão, flexibilidade
e controle das pinças
durante a operação. Além disso, permite que o cirurgião ter uma melhor o local da incisão, do que em outras cirurgias tradicionais. Aliás, procedimentos complexos e delicados podem ser feitos com muita facilidade utilizando o robô.
Entre as vantagens da cirurgia robótica
já citadas acima, também estão:
- Elimina possibilidade de tremor;
- Recuperação
rápida do paciente;
- Cortes menores
e menos invasivos;
- Visão tridimensional
para o cirurgião;
- Mais precisão
em locais de difícil acesso;
- Menor tempo
de internação e de cirurgia;
- Diminui dores
e complicações
pós-cirúrgicas
- Reduz sangramentos, dores e riscos de infecção;
- Melhor ergonomia, deixando o cirurgião em posição mais confortável, principalmente em cirurgias longas.
Quando a cirurgia é indicada?
A cirurgia robótica é normalmente indicada para procedimentos em que antes eram realizados apenas por videolaparoscopia. As principais áreas da medicina que utilizam a cirurgia robótica são urologia, gastrocirurgia, ginecologia, cirurgia torácica, cardíaca e cirurgia de cabeça e pescoço.
Aliás, a urologia foi a primeira especialidade que recebeu indicação da tecnologia. Além disso, abriu várias oportunidades para o tratamento não só do câncer de próstata, como também de doenças das glândulas adrenais, rins, na bexiga
e em todo o trato urinário, como já citamos anteriormente.
Assim como em uma videolaparoscopia, a cirurgia robótica é contraindicada para pacientes que não tenham condições clínicas de realizar o procedimento. Isso porque alguns problemas de saúde podem acarretar em riscos na anestesia.
Por outro lado, o sistema também é muito indicado para procedimentos no aparelho digestivo. Inclusive, são diversas as aplicações como tratamento de hérnias abdominais complexas, diversos tipos de cânceres (gástrico, pâncreas, esôfago, intestino), tratamento do refluxo gastroesofágico entre outros.
Principais indicações para o aparelho digestivo
O aparelho digestivo, também conhecido como sistema digestivo, é formado por um conjunto de órgão que está relacionado ao processo de transformação do alimento em nutrientes para o corpo humano. Afinal, tudo isso acontece por meio de processos mecânicos e químicos.
Cirurgia robótica no aparelho digestivo
Entre as indicações da cirurgia robótica no aparelho digestivo estão os procedimentos oncológicos. O tratamento do câncer no aparelho digestivo tem na sua grande maioria a cirurgia como principal forma de tratamento. Embora a tecnologia traga mais segurança e conforto ao paciente, o procedimento só pode ser realizado após total avaliação da doença pelo especialista.
Um exemplo de cirurgia robótica aplicada a um câncer na região abdominal é a Colectomia, técnica cirúrgica que retira parte ou total do intestino grosso . Com o sistema, o procedimento pode ser feito da forma mais delicada
e precisa
possível, com menores incisões, menor dor pós-operatória, breve recuperação
e retorno à rotina com mais rapidez.
A primeira cirurgia do aparelho digestivo feita por um robô foi em 1999, em um paciente com obesidade mórbida (cirurgia bariátrica). Entretanto, o robô passou a ser aplicado em vários outros procedimentos, como miotomia de Heller, pancreatectomia distal, esplenectomia para o tratamento da cauda pancreática. Além de reparos de hérnia ventral, câncer de esôfago e gástrico, entre outros.
Como é feita a cirurgia robótica do aparelho digestivo?
A cirurgia no aparelho digestivo é considerado um procedimento de extrema complexidade. Afinal, necessidade de acesso à cavidade abdominal , onde estão presentes órgãos e vasos nobres. Com a cirurgia robótica, é possível separar os tecidos, selar os vasos com a pinça seladora e o mesmo tempo utilizar a pinça articuladas, o que facilita muito o procedimento.
A cirurgia robótica tem grande potencial em cirurgias do esôfago, cólon, pâncreas e estômago ao dissecar e selar importantes vasos de forma limpa e rápida. Os resultados trazem inúmeros benefícios para o paciente. Aliás, essas vantagens vão desde a parte estética até menor nível de dor pós-operatória, menor sangramento e maior precisão para ressecção de tumores e gânglios tumorais.
Conclusão
Neste artigo podemos entender a importância da cirurgia robótica
para procedimentos que necessitam de precisão
das mãos do cirurgião. Aliás, trata-se de opções terapêuticas menos invasivas
do que em cirurgias abertas e que utiliza aparelhos com braços mecânicos robóticos, garantindo uma recuperação mais rápida ao paciente.
Além disso, o equipamento permite imagens em 3D altamente ampliadas, possibilitando uma percepção melhor
de profundidade ao cirurgião. O robô se mostra mais vantajoso por permitir ao cirurgião o controle da imagem. Sobretudo, mostra o que ele quer ver no momento, sem depender de um terceiro cirurgião , que auxiliaria no movimento da câmera, como acontece em uma cirurgia comum de laparoscopia.