A tireoide é uma glândula importante para o corpo humano, pois é responsável por regular várias funções do organismo. Tal glândula tem a forma de uma borboleta e está localizada na parte inferior do pescoço. A princípio, não pode ser vista, nem sentida, embora seja importante estar atento ao perceber algum
nódulo na região da tireoide, pois é necessário analisar se o mesmo é benigno ou não.Certamente, a glândula tem um papel importante na regulação de vários processos metabólicos de todo o corpo. Tem como principal função a produção de hormônios, os chamados T3 e T4. Aliás, estes hormônios são essenciais, pois participam da regulação e do funcionamento do cérebro e do coração, entre outros.
Por outro lado, alguns distúrbios podem afetar a estrutura ou a função da tireoide. Deste modo, é possível perceber no próprio corpo os sinais que indicam que o mecanismo da glândula não está funcionando de forma correta. Confira a seguir tudo o que você precisa saber sobre os distúrbios, nódulos da tireoide e quando identificar se pode ser ou não câncer.
O que é um nódulo tireoidiano e quando ele pode ser câncer?
A glândula da tireoide pode sofrer alguns distúrbios, como a produção excessiva de hormônios, resultando no
hipertireoidismo. Por outro lado, também pode haver uma queda considerável nesta produção, o que significa que há
hipotireoidismo. Além disso, é possível ocorrer uma alteração na estrutura da glândula, com formação de nódulos da tireoide.
Em síntese, trata-se de uma massa de tecido que cresceu por conta dos próprios hormônios produzidos pelo órgão. Eles aparecem dentro da tireoide, como pequenos caroços que podem ser isolados ou múltiplos. Embora os sintomas não sejam comuns, quando o caroço já atingiu um tamanho maior, ele pode causar rouquidão, dor ou atrapalhar o paciente na hora de engolir ou respirar.
Os nódulos da tireoide podem se apresentar de vários modos, como por exemplo, sendo único ou múltiplo (espalham-se pela glândula e são chamados de bócio multinodular). Por outro lado, eles podem ser sólidos ou conter líquido no interior, sendo classificados como cistos.
Entretanto, se o caroço for maior e visível no pescoço, é possível que cause dificuldade para engolir. Porém se for pequeno, pode permanecer presente por anos, sem ser notado ou sentido. Alguns deles adquirem funcionamento independente e chegam a produzir hormônios em grande quantidade, apresentando até sintomas de hipertireoidismo.
Como são diagnosticados?
Primeiramente, o nódulo de tireoide é encontrado
através de exame físico, por meio de palpação do pescoço. Em seguida, depois de identificado o caroço, o médico irá solicitar
exames laboratoriais
como TSH, T3, T4, anti-TPO e calcitonina para averiguar as alterações que o nódulo pode estar causando.
Um dos passos mais importantes do diagnóstico é determinar se o nódulo na tireoide é benigno ou maligno. Para isso, o endocrinologista deverá solicitar testes de imagem como ultrassonografia e cintilografia.
Além disso, uma biópsia será capaz de identificar a gravidade da lesão. A maior preocupação está em detectar se o caroço é cancerígeno ou não, pois cerca de 8% dos nódulos nos homens e 4% nas mulheres tem esta característica. Entretanto, a maior parte das lesões identificadas é completamente benigna.
O câncer de tireoide é um dos menos agressivos e, se diagnosticado precocemente e tratado da forma correta, as chances de cura são elevadas. O câncer de tireoide também costuma ser assintomático. Quando ele causa sintomas, geralmente é devido ao seu crescimento rápido.
Quais são os fatores de risco?
Entre os fatores de risco está
a idade, afinal, a medida que a pessoa envelhece, as chances do nódulo aparecer são maiores. Além disso, esse tipo de problema
é muito comum em mulheres,
principalmente quando estas têm mais de 50 anos. Segundo o
Instituto Nacional do Câncer (INCA), chega a ser cerca de três vezes mais frequente em mulheres do que nos homens.
No entanto, vale citar ainda que os nódulos podem aparecer em qualquer idade, independente do sexo do paciente.
A causa da maioria dos nódulos benignos não é conhecida, mas eles são, muitas vezes, encontrados em membros de uma mesma família. Acredita-se, no entanto, que a Doença de Hashimoto – que é uma causa de hipotireoidismo – e deficiência de selênio e iodo na dieta possam estar envolvidas no surgimento de um nódulo na tireoide.
Quais são as opções de tratamento?
O tratamento vai depender do tipo e da gravidade do diagnóstico. Por isso é importante consultar um endocrinologista ou um cirurgião de cabeça e pescoço para verificar o tipo de problema de cada paciente.
Geralmente, indica-se a realização da cirurgia quando o nódulo for grande ou começar a manifestar sintomas, assim como em casos nos quais há alguma suspeita de malignidade ou o paciente apresenta câncer de tireoide.
Via de regra, somente após a confirmação de se tratar de um câncer ou se os nódulos forem muito grandes, ultrapassando a barreira dos 3 a 3,5 centímetros, é que a cirurgia será indicada. Em seguida, o paciente deverá passar por terapia com iodo radioativo para destruir qualquer célula tireoidiana remanescente.
Outros tipos de nódulos, mesmo quando eles não são cancerígenos, podem precisar de remoção, principalmente, quando atingem um tamanho grandes e causam problemas para engolir ou respirar.
Conclusão
Podemos concluir que o nódulo de tireoide tem sintomas que podem não ser percebidos facilmente. Entretanto, se o mesmo alcançar um tamanho maior, pode causar rouquidão, dificuldade para engolir, dor no pescoço e problemas para respirar. Aliás, é possível que o paciente demore a perceber que o aparecimento do nódulo pode ser a causa dos sintomas.
Vale citar que a procura por um profissional é extremamente importante, pois há risco de que um nódulo da tireoide seja câncer e necessite de exames e tratamentos mais rigorosos. Em 90% dos casos, os nódulos são considerados benignos. Apenas 10% são diagnosticados malignos (cancerígenos).